Uma “Sala de Situação” foi implantada esta semana, pelo governo de Santa Catarina, para traçar ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, no Estado. A estrutura funciona na sede da Dive/SC, no Centro de Florianópolis, e a coordenação dos trabalhos está sob a responsabilidade de Suzana Zeccer, gerente de Zoonoses da Dive/SC. “Embora Santa Catarina esteja em uma situação um pouco mais tranquila que outros estados brasileiros, registramos a presença cada vez maior do mosquito”, disse ela. 2ao4t
De 1º de janeiro a 15 de dezembro de 2015, foram notificados 10.912 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, 3.596 (33%) foram confirmados (2.361 por critério laboratorial e 1.235 por clínico-epidemiológico), 6.332 (58%) foram descartados e 984 (9%) casos suspeitos estão em investigação.
A prioridade das ações estará nos 28 municípios considerados infestados pelo mosquito: Anchieta, Balneário Camboriú, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Guatambu, Itajaí, Itapema, ville, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palmitos, o de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, São Bernardino, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Serra Alta, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim.
Dentre as diretrizes já estabelecidas está a inspeção de todos os domicílios e imóveis das áreas infestadas dos municípios, para orientação da população quanto às medidas de prevenção, bem como a eliminação de possíveis criadouros do mosquito. “Nosso trabalho objetiva a diminuição dos focos nesses municípios, reduzindo o índice de infestação para menos de 1% nas áreas urbana dos municípios”, destacou o secretário adjunto de Estado da Defesa Civil de Santa Catarina, Rodrigo Moratelli. Dados atuais mostram índices de infestação peloAedes aegypti de até 6,3%.
Nesse primeiro momento, será montado um plano de ação contendo metas e ações a serem executadas nos próximos meses, utilizando como base o plano estadual de contingência para o enfrentamento da dengue. A ideia é que cada um dos 28 municípios considerados infestados tenham suas próprias salas de situação, que funcionarão integradas com as salas estadual e nacional, utilizando a estrutura das Secretarias de Defesa Civil e da Saúde.
Boletim Epidemiológico (atualização em 16/12)
De 1º de janeiro a 15 de dezembro de 2015, foram notificados 10.912 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, 3.596 (33%) foram confirmados (2.361 por critério laboratorial e 1.235 por clínico-epidemiológico), 6.332 (58%) foram descartados e 984 (9%) casos suspeitos estão em investigação.
Do total de casos confirmados, 3.273 (91%) são autóctones (transmissão dentro do Estado), 263 (7%) são importados (transmissão fora do Estado) e 60 (2%) estão em investigação para definição do local provável de transmissão. Em relação ao boletim anterior (publicado no dia 3 de dezembro), foram confirmados mais 3 casos de dengue, todos importados. Em Santa Catarina, até o dia 15 de dezembro, foram identificados 6.851 focos doAedes aegypti, transmissor da doença, em 114 municípios.
Febre do chikungunya
Até o dia 15 de dezembro, foram notificados 78 casos de febre do chikungunya, dos quais três foram confirmados. Desses, dois foram importados da Bahia e um caso foi autóctone do município de Itajaí. Em relação ao último boletim, divulgado em 3 de dezembro, nenhum caso novo de febre do chikungunya foi detectado neste período.
Febre do Zika Vírus
De 20 de outubro, quando a vigilância foi implantada, até 15 de dezembro de 2015, foram notificados 51 casos suspeitos de Febre do Zika Vírus em Santa Catarina. Destes, 8 foram confirmados – todos importados; 23 foram descartados; e 20 permanecem em investigação.
Todos os casos confirmados são importados e foram confirmados pelo critério clínico-epidemiológico (após diagnóstico diferencial negativo para dengue, sarampo, rubéola e parvovírus). Estes casos foram identificados em Laguna, Florianópolis, Bombinhas, Gaspar e Pomerode, e o provável local de infecção foram os estados do Maranhão, Bahia, Pará, Paraíba e Sergipe.
Em Santa Catarina, seguindo orientações do Ministério da Saúde, a vigilância de Zika Vírus foi implantada em unidades sentinelas localizada em cinco municípios catarinenses: Chapecó, Florianópolis, Itajaí, ville e São Miguel do Oeste. Essas unidades sentinelas têm como características essenciais o atendimento de parcela representativa da população, ser um serviço de pronto-atendimento, possuir boa articulação com a vigilância epidemiológica e capacidade para coletar, processar, armazenar e encaminhar amostras laboratoriais.Além da Vigilância sentinela, a Dive/SC também monitora casos suspeitos de Zika vírus oriundo de outros estados (importados), com o objetivo de desencadear ações oportunas de controle vetorial.
Assessoria